Jesus andou por toda a Galileia ensinando nas sinagogas, anunciando a Boa Nova do Reino e curando as enfermidades e doenças graves do povo. As notícias a respeito d’Ele se espalharam por toda a região da Síria. Por isso, o povo levava até Jesus pessoas que sofriam de várias doenças e de todos os tipos de males, isto é, epiléticos, paralíticos e pessoas dominadas por demônios; e Ele curava todos. Grandes multidões O seguiam; eram gente da Galileia, das dez cidades, de Jerusalém, da Judeia e das regiões que ficam no lado leste do Rio Jordão. No Evangelho de hoje, vemos Jesus com a concisa precisão que se dirige para uma casa. “Logo que saíram da sinagoga, foram para a casa de Simão”, o evangelista Marcos indica que Cristo descarta a sinagoga e afirma Seu ministério no espaço da “casa”. É a casa o lugar onde se reúne a nova comunidade e que se torna o centro de irradiação da missão. Na “casa”, a mulher, libertada de sua exclusão, exerce a prática essencial das novas comunidades, que é o serviço. E é à porta da casa que se reúne a cidade inteira.
Jesus não se deixa reter por uma comunidade particular. Seu ministério missionário é dirigido amplamente a toda a Galileia e aos territórios vizinhos.
A sogra de Simão estava com febre. Identificada a doença, Jesus se aproxima dela e a cura. O que falta para que Ele cure também a sua doença? Identifique-a, procure saber qual é e clame por Jesus. Se for o pecado, lembre-se de que não precisa explicação. Se você quer ser curado do pecado, ele só precisa ser reconhecido e confessado a um sacerdote. Por favor, não jogue a culpa nos outros: “Eu pequei porque estava muito sozinha”. Assim como: “Porque meu marido me abandonou”. Ou: “Pequei porque minha mulher me abandonou”. Ou ainda: “Estou no pecado porque o meu pai não me compreende”. Da mesma forma: “Eu estou nas drogas porque ninguém gosta de mim”. Assim como: “Eu bebo porque a sociedade é injusta”, entre outros.
Enquanto você fica tentando explicar, acaba não dando o primeiro passo para sair do vício, do pecado. Se você quer ser verdadeiramente curado, transformado, só tem que dar um passo: dizer como o ladrão na cruz, ao lado de Cristo: “Este não fez nada, mas nós sim; nós merecemos porque somos ladrões, fizemos mal”.
Pergunto-lhe: você já reconheceu qual é o seu problema? Talvez não seja o dinheiro, não seja a saúde, nem o marido ou a mulher; nem o filho ou o pai. Talvez seu problema não seja o chefe, nem a inflação. Pode ser que todas essas coisas sejam pretextos para esconder seu verdadeiro problema que tem raízes mais profundas.
Se você tomar consciência de sua situação, se a reconhecer e aceitá-la, já deu o primeiro grande passo na recuperação. Mas existe muita gente que, apesar de dar esse primeiro passo, sente que nada muda. Por quê?
Em algum momento temos que parar, reconhecer nossa situação e clamar ao Senhor pedindo-Lhe ajuda. Fale, em seu coração, com Deus: “Senhor, o meu problema sou eu, o meu temperamento, o meu caráter. Não tenho paciência, ‘estouro’ por qualquer coisa. Não tenho conseguido dominar meu temperamento. Meu problema não é meu patrão nem que os outros tenham oportunidades; meu problema é o meu temperamento. Sou impontual, desorganizado e não tenho forças para sair desta situação sozinho. Preciso de Sua ajuda”.
Vejam agora a resposta de Jesus a este ladrão. Ele disse: “Em verdade, em verdade te digo: Estarás comigo no Paraíso”. Percebam, queridos, o ladrão somente pede: “Lembra-te de mim”. Nada mais. Porém, Jesus lhe diz: “Eu te prometo que estarás comigo no Paraíso”. Nunca mais estará sozinho, nunca mais abandonado, rejeitado, nunca mais passará fome, nunca mais um ser querido morrerá. Você estará comigo para sempre – diz o Senhor – por toda a eternidade!
Padre Bantu Mendonça